terça-feira, 25 de outubro de 2011

inventor de amores.

uma certa alegria sem quê ou por quê.
ir deitar ou levantar rindo e distribuindo felicidade.
não apenas no sentido figurado da coisa,
é estar de bem com teu sono atrasado,
tuas contas à pagar e até mesmo,
teus vícios e outros desejos.

vai parecer que eu tô falando de amor, e estou.
é natural se descobrir apaixonado todos os dias pela mesma pessoa?
abrir mão do ócio, de rotinas ou relatórios disto e daquilo...
percebi que dentre tantas coisas pacatas e banais,
sou capaz de me inventar mais feliz apenas por querer assim estar.
tudo bem, até confesso dar nome e sobrenome pra uma paixão.
e razão de querer sorrir a toa, de tudo e todos.

já ouviu uma música tantas vezes no repeat porque era isso que tocava
num certo momento ou num momento incerto e mesmo assim
não conseguiu enjoar o suficiente pra não repetir a dose no dia seguinte?
ah! vou dizer que é porque a música é muito boa.
mas tente fazer isso perto de um amigo, ou amiga,
e receba uma cara de paisagem, daquelas que ficam em banheiros.

eu sei que isso pode parecer meio bobo ou démodé.
e vai parecer - pra quem quer que seja - aquilo que
a pessoa quiser e isso pouco me importa.
adotei a mania de me re-inventar como aquilo que eu quiser ser.
ora, inteiro apaixonado, outra, apenas metade desinteressado.
mas agora, me deixo ser sempre amor.

vai ver a culpa é da tua cara de interessada quando começo a falar,
sua mania de achar graça em tudo que falo,
teus olhos de menina maquiados como mulher,
tua risada gostosa enquanto seguro tuas mãos,
teus pés gordinhos que me são um charme a parte,
ou, na forma que você arruma pra dizer que me ama,
com esse teu sotaque de interior.

chega! me abstenho dos meus devaneios e arreios
de outros tempos e outras pessoas.
agora o que me atrai é o necessário. e o que me basta.
a culpa é tua que fez acontecer,
e eu vou fazer valer a pena.

e aquela música do repeat não parou até agora.
"enquanto a mim, te quero sim... vai dizer que você não sabe?"