sábado, 17 de março de 2012

maças e todas as segundas.

segunda vez.
segunda chance.
segundas feiras.
segundas intenções.

a gente já perdeu a conta das vezes que nos vimos
trocamos tapas e beijos; carinhos e desafetos;
opniões e lamentações; dúvidas e ocasiões;
e mesmo assim... estamos aqui.

a gente já não consegue contar quantas chances
nos demos esperando pra agradar; pra apoiar;
pra compartilhar; pra estar por perto;
pra estar sob a coberta; pra estar mais certo;
e mesmo assim... estamos aqui.

a gente já não consegue numerar
quantas segundas feiras passamos ao pé do sofá;
na beira na cama; você de pijama; eu largadinho;
e você falando baixinho: vem cá, vem.
e ainda assim... estamos aqui.

 a gente já não para pra contar das vezes que algo rolava;
das vezes que nada rolava; das vezes que as paredes falavam,
e quantas vezes nada - porem, juntos - era o melhor que a gente fazia.
e ainda assim... estamos aqui.

não dá pra dizer os quês e os porquês de nós.
passamos dessa fase. vivemos várias fases.
fizemos tanto e tão pouco ao mesmo tempo.
eu te chamo de menina, e te trato feito bebê,
você me aperta um pouquinho e depois me mima feito um menino.

você sorri o tempo todo; brinca quase sempre;
você cativa quando quer; conquista pouco a pouco;
se veste como mulher; dorme feito criança.

em dias ruins, eu sou abrigo.
em dias bons, sou só amigo.
vez em quando sou quase um namorado,
e outras vezes sou quase um inimigo.

somos uma história em eterna continuação.
sem começo, meio ou fim.
sem eira e nem beira.
mas somos aquilo que pudemos ser.
e seremos assim, pelo tempo que tivermos pra ser.

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